"Doenças renais" Nefropatia diabética
12/09/2014 11:00
Nefropatia diabética

A nefropatia diabética também é uma complicação comum e devastadora em
pacientes com diabetes, com uma freqüência pouco inferior a retinopatia.
Tradicionalmente inicia por um estágio de nefropatia incipiente, com aumento da excreção
urinária de albumina, chamada de microalbuminúria, em geral, após 5 anos da doença.
Em indivíduos propensos existe uma evolução da doença para proteinúria clínica,
geralmente acompanhada de hipertensão. Nos próximos cinco a dez anos surge a
síndrome nefrótica, com queda da função renal e evolução para insuficiência renal
terminal. Estima-se que, terapia apropriada pode dobrar o tempo entre a detecção de
proteinúria e nefropatia terminal.
A microalbuminúria é o melhor marcador disponível para identificar indivíduos
em risco de desenvolverem insuficiência renal. Deve ser dosada em conjunto com
creatinina em todos pacientes com diabetes tipo 2 no momento do diagnóstico. Pode
ser dosada em amostra casual, com ou sem creatinina urinária ou em urina de 24 horas.
Os valores para definição de nefropatia variam um pouco de acordo com o método
(Quadro 14). Deve ser pesquisada duas ou mais vezes, no período de 6 meses, para
caracterizar a presença de nefropatia incipiente ou nefropatia clínica. Situações que
precisam ser descartadas antes do diagnóstico de nefropatia que podem elevar a excreção
urinária de albumina incluem exercício físico intenso, febre, infecção, insuficiência cardíaca,
piúria, hematúria, glicemia muito alta e aumento da pressão arterial.
Além disso, deve-se avaliar o clearance de creatinina(ClCr ml/in) usando-se a
fórmula de Cockcroft-Gault:
ClCr ml/in= (140 – idade) x Peso em Kg *
72 x (Cr sérica ( mg/dl)
* Multiplicar o resultado por 0,85 para mulheres
Quadro 14. Valores de excreção urinára de albumina.

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